segunda-feira, 13 de setembro de 2010

2º médio - Conteúdo para a 1ª avaliação do 3º Trimestre

CAP. 14 O ESPAÇO GEOGRÁFICO INDUSTRIAL.

1. O que é indústria?
- O termo indica fabricação quase sempre com o uso de máquinas, dos mais variados produtos (aço, alimentos, roupas etc.).
- Na verdade não há uma indústria, mais um processo industrial feito em várias etapas: matéria-prima, processo de produção primária e indústria propriamente dita, chegando ao mercado de consumo (setor terciário).
- Veja esquema pág. 208 da apostila.
- Em um único automóvel podem existir mais de 60 mil peças. Cada uma é produzida por um empregado que, por sua vez, utilizou-se de vários componentes e matérias-primas: complexa cadeia de relações entre as empresas industriais -> isso dificulta uma definição de termo indústria.

2. Origens e evolução.
- Veja esquema pág. 209 da apostila.
2.1. Sistema de produção familiar: campo, economia de subsistência. Não há mercado consumidor.
2.2 Sistema de produção artesanal: séc. X, feudalismo, aperfeiçoamento de técnicas de produção, criação de produtos para a venda (mercadoria) -> produzida por especialistas (artesãos) que se organizavam em associações (corporações de ofício) -> oficinas com aprendizes. Artesãos -> mestres independentes: donos de ferramentas e matérias-primas -> atendiam pequeno mercado (dentro do burgo).

2.3 Sistema de produção mercantil – doméstico: surge c/ as Grandes Navegações -> aumento do trabalho dos mercados consumidores e a busca de mercadorias mais diversificadas tornaram os artesãos mais dependentes dos comerciantes, os quais controlavam o mercado e também o fornecimento de matérias-primas. Nessa época tornaram-se comuns as associações de comerciantes (Ligas).

2.4 Sistema de produção fabril: surge no final do séc. XVIII, com a Primeira Revolução Industrial. Características:
a) fábricas e não mais caras para os artesãos;
b) artesãos agora empregados e não mais donos de ferramentas e máquinas;
c) ritmo de trabalho intenso e supervisionado por capatazes;
d) Divisão do trabalho (especialização de tarefas e máquinas);
e) salário (contraprestação do trabalho).
- Sistema base para a rápida ampliação da Revolução Industrial (com início na Inglaterra).

2.5 Sistema de Produção de Linha: criado no fim do séc. XX (plena 2ª Rer. Indl).
a) FORDISMO: no início do séc. XX, o norte-americano Henry Ford aperfeiçoou este sistema criando uma linha de produção de automóveis: em cima de uma esteira rolante iam sendo montados os veículos;
b) TAYLORISMO: na mesma época, o engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor criou o que chamou de organização científica do trabalho: inventou métodos que controlavam os movimentos dos trabalhadores e das máquinas, procurando aumentar o seu rendimento pelo aumento da velocidade da linha de produção e pela eliminação dos movimentos inúteis. Para ele, o operário “não deve pensar, mas executar pontualmente as ordens recebidas”.
* reveja o filme Tempos Modernos (1936) de Charles Chaplin e os outros que passei em sala de aula.
- A junção dessas 2 técnicas levou o sistema de produção industrial a picos de produção assustadores. Os EUA e a Europa Ocidental tornaram-se as áreas mais modernas e ricas do mundo capitalista.
- No final da déc. de 1970, o crescimento econ. Do Japão passou a desafiar esses 2 pólos econômicos porque introduziu na produção uma série de modificações no sistema tradicional, criando o que viria a ser o TOYOTISMO (ou produção enxuta).
- VOLVISMO: fruto do uso conjugado de várias inovações tecnológicas e trabalhistas, muito relacionadas às particularidades da sociedade sueca: o forte movimento sindical da sociedade e o elevado do grau de automação das fábricas criaram uma cultura entre os trabalhadores das fábricas que rejeitavam a idéia de que eles fossem meros “acessórios das máquinas”, como ocorria na produção fordista ou na toyotista. / Nas linhas de produção suecas, operários determinam o ritmo das máquinas; conhecem todas as etapas da produção, estão constantemente se reciclando e participando por meio dos sindicatos, das decisões relativas ao processo produtivo.

2.6 Sistema de produção automatizado: ocorre paralelamente ao desenvolvimento do toyotismo. A automação é a produção de mercadorias sem controle manual, mas utilizando dispositivos mecânicos eletrônicos comandados por computadores previamente programados. Tais máquinas são conhecidas como robôs industriais.
- A automação pretende – em alguns casos já consegue – eliminar completamente o homem da linha de montagem, tendo como meta o aumento da rapidez da produção e a perfeição dos produtos fabricados. Esse método foi inaugurado em 1954, em uma fábrica da Ford, nos EUA, onde eram produzidos motores em mais de quinhentas operações sem a participação de nenhum trabalhador.
- Com o desenvolvimento da informática, o grau de aperfeiçoamento da automação passou a crescer de forma impressionante: um único robô industrial pode realizar operações complexas que necessitariam de dezenas de operários. A previsão é de um crescimento entre 8% e 10% ao ano do número de robôs, nas próximas décadas.



- A posição desses países como maiores usuários da robotização não é casual. Ela é fruto dos elevados investimentos realizados em P&D (pesquisa e desenvolvimento): EUA, Japão, Alemanha, França e Reino Unido. E ainda: Coréia do Sul e China.
- Esse conjunto de nações domina a Terceira Revolução Industrial, base produtiva da globalização e da Nova Ordem Internacional, excluindo a América Latina e a África desse processo.

3. As zonas industriais no mundo atual.
- A indústria nasceu e se desenvolveu como um fenômeno urbano típico dos países desenvolvidos. Até recentemente a indústria estava muito concentrada no hemisfério norte, local de desenvolvimento e aplicação das mais modernas tecnologias. Nas últimas décadas, no entanto, alguns países subdesenvolvidos começaram a se industrializar.
- Com a Revolução Industrial, a industria passou houve a importância na formação da economia dos países desenvolvidos. Nas últimas décadas, no entanto, a diversificação do setor terciário tem tornado esse conjunto de atividades o principal formador do PIB, deixando a indústria em segunda posição.
- Isso não significa que a atividade industrial tenha deixado de existir; pelo contrário, seu crescimento tem sido constante e hoje ela produz quase 20 trilhões de dólares por ano no mundo.

4. A indústria nos países desenvolvidos.
- Dos 20 países mais industrializados do mundo, o conjunto formado pelos nove desenvolvidos (EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Espanha e Austrália) produz cerca de 6,6 trilhões de dólares de bens industriais. Os 11 países subdesenvolvidos estão concentrando mais...
- A produção industrial sempre apresentou um caráter de concentração geográfica. Os termos desindustrialização ou desconcentração industrial para se referir a essa tendência das indústrias em se espalhar, não só pelo mundo, mas também dentro dos países. Em alguns casos é impulsionada por políticas estatais, que visam desenvolver o território nacional de forma mais equilibrada.
- Sobre o “Norte rico”, veja as pág. 210, 211, 213, 214, 215 e 216 da apostila.

5. As indústrias no mundo subdesenvolvido.
- pouco dos mais de 150 países pobres do mundo têm algum tipo de indústria;
- quando existem, muitas delas são dependentes das decisões externas (transnacionais) e necessitam do capital, da tecnologia e, muitas vezes, dos mercados dos países ricos;
- nesses países, as indústrias são pouco numerosas e pouco diversificadas, não produzindo todos os tipos de mercadorias que as modernas empresas dos países desenvolvidos fabricam, sendo, portanto, incompletas.
A EXPANSÃO APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:
- aos interesses econômicos das empresas transnacionais, que procuravam novos mercados, fontes de matérias-primas, locais seguros para investir seu capital excedente e mão de obra abundante e barata;
- à geopolítica da Guerra Fria, assentada na lógica da divisão do mundo em duas zonas de influência, o que levou os EUA a estreitar os laços econômicos e políticos com os países subdesenvolvidos, especialmente na América Latina e em alguns pontos específicos da Ásia.
- Foram implantadas inúmeras indústrias leves, voltadas para a produção de bens de consumo, como alimentos, calçados, roupas e outras mercadorias que antes vinham principalmente da Europa. Alguns anos depois, quando essas empresas começaram a sofrer a concorrência internacional – pois as indústrias européias e norte-americanas já estavam recuperadas dos efeitos da Primeira Guerra -, ocorreu a crise de 1929, com o crack da bolsa de NY, o que permitiu a continuidade da política de substituição das importações.
- Boa parte do desenvolvimento industrial dos países latino-americanos foi fortemente apoiada em empréstimos internacionais. Isso gerou uma imensa dívida externa que em diversos momentos provocou crises econômicas importantes, sendo a mais famosa a moratória do México em 1992.
- CONCENTRAÇÃO NO SUDESTE: Trata-se de uma das características mais marcantes da indústria nacional. Desde as primeiras fases, essa foi a região que mais concentrou indústrias. O auge ocorreu na década de 1980 (regime militar).
- INVOLUÇÃO METROPOLITANA: 2º o geógrafo Milton Santos, das cidades do interior, especialmente nas que foram impulsionadas pelo processo de modernização agrícola ou industrial, típico do período técnico-científico que caracteriza a Terceira Revol. Indl.
- PREDOMÍNIO DAS PEQUENAS INDÚSTRIAS: outro aspecto importante da industrialização brasileira atual é a multiplicação de pequenos e médios estabelecimentos industriais (são 97% do total de indústrias). Embora eles tenham a menor parcela do valor da produção nacional (apenas 25%), sua importância social é imensa, pois esses estabelecimentos industriais absorvem 51% da mão de obra do setor.
- ATUALIDADES: Seg, 06 de Setembro de 2010 - Brasil é o terceiro país em lista de prioridades de multinacionais: http://netmarinha.uol.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=34579:brasil-e-o-terceiro-pais-em-lista-de-prioridades-de-multinacionais&catid=8:ultimasnoticias&Itemid=7
A DÉCADA DE 1970:
- inicialmente eram 4 os países desse grupo|: Coréia do Sul, Taiwan, Singapura e Hong Kong, que passaram a ser conhecidos, por influência da mídia, como TIGRES ASIÁTICOS. A economia se baseou em:
a) mão de obra abundante e barata;
b) incentivos estatais;
c) elevada poupança interna e
d) investimento em inovações.
A EXPANSÃO DOS ANOS DE 1990:
- Durante a déc. de 1990, cresceram rapidamente novas regiões industriais. As mais importantes estão na Ásia, com destaque para a Indonésia, Tailândia e Malásia (alguns incluem as Filipinas), países que estão sendo chamados de NOVOS TIGRES ASIÁTICOS.
- Sua industrialização foi muito semelhante à dos Tigres Asiáticos, ou seja, baseada nas exportações. Como vantagens, apresentam enormes mercados consumidores, abundância de mão de obra e boa exploração de alguns tipos de matérias-primas.
- Vide pág. 221 da apostila.
A INDÚSTRIA E O MEIO AMBIENTE.
- Qq produção econômica provoca alterações ambientais. A essência a questão é a extensão é o ritmo dessa alteração.
- Vide pág. 223, 224 e 225 da apostila.
- Segundo cálculos da ONU, em 2005 o mundo industrializava e consumia cerca de oito vezes mais mercadorias e explorava três vezes mais recursos minerais do que em 1950.
- A industrialização é responsável por duas grandes formas de poluição: uma direta, provocada pela produção propriamente dita, e outra indireta, criada pela existência da produção industrial.
- A expansão industrial é impulsionada por inúmeros fatores, dentre os quais se destacam o crescimento populacional, a ampliação do nº de maiores lucros pelos empresários. Consegue absorver os danos tornam-se inevitáveis, pois a saúde humana, as propriedades.
- Preocupação com a poluição e a destruição ambiental provocadas por essa atividade econômica é relativamente recente.
- Somente em 1972 foi realizada, em Estocolmo, a primeira Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente com duas posições surgidas:
a) o 1º considerado alarmista ( a natureza estaria próx. do esgotamento);
b) o 2º mais ponderado (discorda da proximidade do esgotamento dos recursos da natureza).
- Segundo grupo afirmam, com convicção, que eles estavam certos: a natureza não se esgotou e o mundo não entrou em colapso. A preocupação e a ação contra os danos ambientais, no entanto, têm ganhado força, e os estudos e relatórios sobre os danos ao meio ambiente são cada vez mais numerosos e precisos, graças ao avanço da ciência e ao crescente volume de recursos que têm sido aplicados em pesquisas.
- Em 1992, no RJ, foi realizada a 2ª Confer. da ONU sobre o Meio Ambiente.
- Relatórios confirmam as mudanças climáticas.
- A coleta de lixo e seu tratamento é um dos maiores problemas nas sociedades industriais. Devido ao elevado volume de lixo produzido pelas modernas sociedades de consumo, uma simples falha na coleta pode criar um caos urbano.
- Produção industrial contamina três grandes ambientes: a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera.
- Poluentes industriais: flúor, silicatos, o óxido de ferro e o pó. Outros: CO – monóxido de carbono, CO2 – dióxido de enxofre, SO3 – trióxido de enxofre, NOx – óxidos nitrogenados, CH4 – metano, PCBs – policlorinatos bifenis, CFCs – clorofluorcarbonetos.
- Existem mais de 100 mil produtos químicos disponíveis no mundo. Ex: pesticidas (muitos foram proibidos em países desenvolvidos e continuam a ser utilizados nos sub. livremente). A poluição das águas, acidentes em navios ou dutos lançam nas águas milhares de toneladas de petróleo.
- Mais de 80% da poluição dos oceanos provêm dos continentes, que lançam aos mares, por meio de canais, dutos, valetas ou mesmo por escoamento, milhões de toneladas de poluentes industriais e esgotos não tratados.
- A poluição das águas continentais pelas indústrias ocorre mais intensamente durante a obtenção das matérias-primas, especialmente as minerais (carvão, chumbo, zinco, ferro e urânio são as que causam maior poluição), e durante a atividade de produção industrial propriamente dita, sendo os principais poluentes o cádmio, os derivados de petróleo, o fósforo, o mercúrio, o chumbo, o fenol, o nitrogênio e os compostos orgânicos do clorinato.
- Muitos desses poluentes contaminam tmb as águas subterrâneas. Qq poluente que chegue ao solo pode, por percolação, chegar aos reservatórios subterrâneos. Hoje, considera-se essa forma de poluição uma das mais preocupantes, devido à dificuldade de controle e ao longo prazo de recuperação desses ambientes por processos naturais.
- As indústrias que mais causam esse tipo de poluição são as químicas, as metalúrgicas e as siderúrgicas, seguidas pelas de papel e celulose e pelas refinarias de petróleo.
- Na atmosfera, os efeitos da poluição industrial não são menos preocupantes. Muitos gases e partículas finas, emitidos pelos processos industriais, representam altos riscos para a saúde, podendo causar câncer, doenças respiratórias e distúrbios genéticos. O corpo humano realiza uma eficiente troca de gases entre o ar e a corrente sanguínea, o que potencializa os efeitos desses poluentes atmosféricos.
_ os mais importantes poluentes da atmosfera são o dióxido de enxofre (SO2), o monóxido de carbono (CO), os óxidos nitrogenados (NOx), o dióxido de carbono (CO2), o chumbo, os hidrocarbonetos e partículas sólidas e líquidas. Muitos desses poluentes primários, quando combinados com a umidade do ar ou a luz solar, produzem poluentes secundários, como o ozônio, ácido sulfúrico, ácido nítrico e oxidantes fotoquímicos.
A POLUIÇÃO GLOBAL.
- Como as chuvas ácidas as principais formas de poluição de efeito global são o buraco na camada de ozônio e o efeito estufa.
EFEITO ESTUFA: retenção das radiações calóricas emitidas. Alguns gases: gás carbônico, metano, óxido nitroso, além do vapor de água, são capazes de absorver as radiações de onda longa (infravermelhas), emitidas pela superfície e pela própria atmosfera. A novidade está no aumento da concentração de alguns dos gases de efeito estufa, o que estaria elevando a temperatura do planeta e poderia colocar em risco o seu equilíbrio ecológico.
- O aumento de temperatura média no planeta, embora lento, pode alterar as condições climáticas atuais. Problemas futuros:
a) aumento das precipitações globais, aumento da temperatura atmosférica, aumento do nível médio dos oceanos, diminuição de água disponível no solo, provável variação da cobertura vegetal e surgimento da freqüência e intensidade dos furacões.
CASOSA FAMOSOS DE POLUIÇÃO INDUSTRIAL: Bhopal (Índia), em 1984 e Love Canal, Niágara Falls (EUA) em 1970 (vide cada um na pág. 127 do L. T.).

AGORA, CONTINUEM A LEITURA NA PÁG. 226 DA APOSTILA ATÉ O FIM. ALÉM DISSO, REFAÇAM OS EXERCÍCIOS DELA E DA TAREFA MÍNIMA.

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