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OBS: CAPÍTULOS 3 e 4 DO LIVRO-TEXTO: ROTEIRO ABAIXO
OBS: haverá revisão antes da aplicação.
Cap. 3 – Noções espaciais.
1. Orientação.
- O termo orientação é utilizado para determinar uma direção a ser seguida, indicar um rumo.
- Orientação para Geografia: definir precisamente a sua localização na superfície terrestre.
- Civilizações antigas: usavam recursos da própria natureza, já que não tinham instrumentos que permitissem uma orientação mais precisa.
2. Pontos de Orientação.
- O movimento de rotação da Terra sobre um eixo imaginário faz com que tenhamos, da superfície terrestre, uma imagem contrária à realidade. Para nós, é como se o Sol se deslocasse no céu durante o dia, fenômeno que denominamos “movimento aparente do Sol” ( o Sol sempre nasce de um lado e se põe do lado oposto).
- Este ou leste ou nascente ou oriente: direção que indica a posição média do nascer do Sol todos os dias.
- Oeste ou poente ou ocidente (do latim “occidere”: morrer): direção contrária, onde o Sol se põe.
- Há 16 pontos de orientação, que num desenho foram a rosa dos ventos ou rosa dos rumos ou rosa-náutica.
- Vide Pontos Cardeais, Pontos Colaterais e Pontos Subcolaterais na pág. 22 do livro-texto (quadro azul).
3. A Bússola.
- Acredita-se que foi inventada pelos chineses por volta do séc. X. Era um aparelho feito com um mineral chamado magnetita (também conhecido como pedra-imã), cuja propriedade é atrais materiais confeccionados com o ferro – fenômeno denominado atração magnética ou magnetismo.
- Funcionamento da bússola (vide livro-texto pág. 22).
4. As Coordenadas Geográficas.
- Compõem uma rede de linhas imaginárias, denominadas paralelos e meridianos, traçadas sobre uma representação do planeta Terra, cujo objetivo é determinar, com a máxima precisão, a localização de qualquer ponto na superfície terrestre.
- Paralelo máximo: linha do Equador que contorna todo o planeta na sua parte mais larga, que é utilizado para dividir a Terra em duas porções exatamente iguais: o hemisfério norte e o hemisfério sul. Sobre cada um desses hemisférios, podemos traçar infinitas linhas paralelas ao Equador.
- Os meridianos são todas as semicircunferências traçadas de forma a ligar os dois pólos geográficos da Terra.
- Adota-se o plano do meridiano de Greenwich como referência.
O cruzamento de um paralelo com um meridiano determina, com máxima precisão, a localização de um ponto na superfície terrestre.
5. Os Fusos Horários e Suas Implicações.
- Meridiano de Greenwich é considerado o referencial das longitudes e da determinação de um horário-base no planeta.
- A determinação da hora parte do princípio de que a Terra, na altura do Equador, é uma circunferência perfeita – medindo, portanto, 360º - e de que a rotação terrestre dura 24 hs. Assim, conclui-se que esse é o tempo necessário para que todos os meridianos que “cortam” o planeta passem, num determinado instante, em frente ao Sol.
- As diferenças de horário e de data trazem conseqüências relacionadas a várias situações, como as citadas a seguir:
* a intensificação do comércio entre as nações;
* a modernização acelerada dos meios de comunicação;
* o aumento do nº de viagens aéreas;
* a ampliação dos fluxos de capitais entre diferentes partes do planeta.
- A Lei nº 11.662, de 24 de abril de 2008 divide em 3 fusos horários o Brasil. Antes da aprovação dessa lei existiam 4 fusos horários no Brasil, pois o Acre e a porção da Amazônia Ocidental encontravam-se 2 hs atrasadas em relação a hora oficial brasileira, que corresponde a hora oficial de Brasília.
6. O que é Cartografia?
- tem como objetivo a representação da Terra ou de parte dela, o que significa fazer a transcrição gráfica dos fenômenos geográficos por meio da elaboração de mapas e cartas, a fim de se obter um retrato – o mais preciso possível da realidade.
- é uma técnica, uma arte, um levantamento de dados, uma confecção, uma divulgação dessa representação, sob a forma de cartas e mapas.
- Excetuando-se os globos terrestres, uma mapa é sempre uma representação plana de uma superfície curva. Ela representa, total ou parcialmente , a superfície esférica ou curva da Terra.
- Técnicas de projeção: serve para diminuir a defasagem entre o real e a sua representação.
- Outras disciplinas se utilizam da Cartografia. Ex: História, Engenharia etc.
- A confecção e a análise de mapas têm um importante papel na elaboração das estratégias militares – de ataque ou de defesa.
- Com o desenvolvimento da aviação, as fotografias aéreas começaram a ser bastante utilizadas durante os conflitos militares, o que levou os governos a perceber a importância de investir no aperfeiçoamento de uma técnica que tinha potencial estratégico e militar: a aerofotogrametria (permitiu uma maior qualidade e quantidade de mapas). O avanço desta, por sua vez, contribuiu para se desenvolver técnicas de produção de películas especiais para filmes e as técnicas de desenho (impressoras multicores).
- As necessidades militares que surgiram no decorrer da Segunda Guerra Mundial – como já acontecera na Primeira Guerra – levaram a Cartografia a dar um novo salto tecnológico: o uso de satélites. O desenvolvimento de armamentos sofisticados, como as “bombas voadoras” V-2 da Alemanha e as experiências nucleares dos EUA, com as explosão das duas bombas atômicas sobre o território japonês, deixaram claro para as principais potências da época que o conhecimento do território do inimigo era um recurso fundamental para a própria defesa.
- A tensão entre as duas maiores potências bélicas do planeta (EUA e União Soviética), com a Guerra Fria, acentuaram muito mais essa necessidade e, ao mesmo tempo, tornaram muito mais difícil o sobrevôo de um avião de uma dessas potências no espaço aéreo inimigo para fotografar seu território. Daí a importância que os satélites passaram a ter na coleta de informações sobre a superfície terrestre e seu mapeamento, com o satélite-espião.
- Uso dos satélites: obtêm-se fotografias bem mais sofisticadas que as tiradas de aviões e por sensores que registravam a intensidade da radiação emitida pelos objetos na superfície terrestre.
- Sensoriamento remoto (composto pela fotografia aérea e a foto feita por um satélite): é o conjunto de técnicas de observação e registro, a distância, das características da superfície da Terra.
- Geomática: corresponde à Informática aplicada à confecção de mapas. A Cartografia moderna não seria possível, se essa área da informática (de captação de dados) não tivesse se desenvolvido.
7. Projeções (vide imagens pág. 28 do livro-texto)
- A forma de representação mais fiel da superfície do planeta é a que utiliza o globo terrestre, pois é impossível representar a superfície esférica da Terra em um plano sem provocar distorções, como as das representações feitas nas cartas e nos mapas.
- Projeção: correspondência matemática entre as coordenadas da superfície esférica da Terra – as latitudes e as longitudes – e as coordenadas da superfície retangular do plano – as abscissas e as ordenadas. No eixo das abscissas indicamos os paralelos, que determinam as latitudes; e nos eixos das ordenadas indicamos os meridianos, que determinam as longitudes.
* O mapa-múndi é uma representação plana da superfície terrestre, que sempre gerará distorções.
- Projeção de Mercator (projeção cilíndrica): mais utilizada e valoriza a extensão dos territórios representados nas médias e altas latitudes.
- Projeção de Peters: outra projeção muito utilizada, criada pelo cartógrafo alemão Arno Peters, que conserva as dimensões relativas do territórios representados, distorcendo, porém, as formas que esses territórios possuem.
* O planisfério elaborado nessa projeção é costumeiramente chamado de “mapa para um mundo solidário”, porque valoriza o tamanho dos países, presentes na Ásia, América Latina e África. Paralelamente, dentro dessa reivindicação, ganha divulgação a representação gráfica que coloca o hemisfério sul acima do norte, invertendo a representação tradicional. Por essa configuração cartográfica, destaca-se o visual dos países do hemisfério sul, onde se situa a maioria dos países subdesenvolvidos do mundo.
- Outras projeções de destaque:
* Projeção cônica: apresenta os meridianos retos e os paralelos curvos. Geralmente é usada para representar só um hemisfério e retrata com maior perfeição apenas as regiões de altas latitudes, como as áreas polares, provocando grandes deformações nas regiões de baixas latitudes, como as áreas equatoriais.
* Projeção central ou zenital ou azimutal: usada para representar pequenas áreas, pois as deformações aumentam em demasia com o distanciamento do ponto central do mapa. Geralmente é a projeção escolhida para a representação de rotas de navegação.
8. Escalas.
- Escala de uma mapa é a relação constante entre as dimensões dos elementos representados em um mapa e suas correspondentes dimensões na natureza. Ela demonstra quantas vezes as dimensões do terreno foram reduzidas para serem representadas no mapa.
- Existem duas formas pelas quais as escalas são indicadas nos mapas: a numérica e a gráfica.
9. Legenda.
- Corresponde à simbologia da representação gráfica de um fenômeno qualquer. É utilizada nos mapas ou cartas geográficas por linhas, cores e símbolos, que devem expressar com clareza a mensagem que levou à confecção do mapa.
- As linhas são usadas para representar fenômenos de distribuição linear – como ferrovias, rodovias, rios, canais, fronteiras.
- As cores são utilizadas para representar as diferenciações altimétricas nas áreas continentais e profundidades nas áreas oceânicas. Convencionalmente, as altitudes são representadas com cores claras para as áreas baixas (variações de verde) e cores escuras para as áreas altas (tons de marrom). As profundidades são sempre indicadas pelo azul, em tons claros para as áreas mais rasas e tons escuros para as áreas mais profundas.
Os símbolos, como as linhas e as cores, representam fenômenos de várias ordens: os relacionados com os aspectos físicos (o desenho de uma montanha), socioeconômicos (produtos agrícolas, indústrias, aeroportos), urbanos, políticos, militares, religiosos, enfim, uma gama de outros aspectos que podem ser representados em um mapa.
Cap. 4 – O Brasil no mundo.
1. A localização de um país.
- A análise da posição geográfica de um país é sempre muito importante.
- Não é a posição geográfica do país que o obriga a apresentar uma paisagem natural bem definida; nem é essa paisagem natural que define o seu quadro humano, pois existe também a influência de uma série de outros fatores – de ordem histórica, social, política, econômica e tecnológica – que faz com que países localizados em posições geográficas semelhantes apresentem características bastante diferenciadas entre si, principalmente se entre eles existir também uma grande diferença de capacidade econômica e tecnológica, que permitirá ao mais rico atuar mais intensamente sobre seu ambiente físico.
- Um país com grande aporte de tecnologia pode, por ex., alterar as condições naturais do seu solo, ainda que localizado em uma área seca e, portanto, sem boas condições de uso agrícola.
2. A posição planetária do Brasil.
- O Brasil aparece com destaque, especialmente quanto a dois aspectos: sua enorme área territorial e sua população numerosa. A grande extensão brasileira coloca o País em quinto lugar no planeta, ocupando aproximadamente 5,7 % e toda a área emersa do globo. A população do Brasil é a quinta do mundo e agrupa em seu território o equivalente a 2,7% de toda a população mundial.
- Cerca de 92% do nosso território pertencem ao mundo tropical, enquanto apenas 8% pertencem ao mundo temperado.
- Diversidade climática contribui para o desenvolvimento da economia agrícola, pois permite que muitos produtos sejam cultivados ao mesmo tempo. Além disso, alguns desses produtos chegam a ter mais de uma safra anual, uma vez que são cultivados em áreas diferentes do País, em épocas do ano também diferentes.
3. As dimensões continentais do Brasil.
- A expressão “país-continente” é muito usada para se fazer referência ao Brasil valorizando particularmente as suas dimensões. Tais dimensões têm conseqüências positivas e negativas.
* Positivas: vasta possibilidade de ocorrência, aliada à diversidade de recursos naturais, como jazidas minerais, fontes energéticas, solos férteis e potencial hidráulico.
* Desvantagens: dificuldades para construção e manutenção de estradas de longa quilometragem, a distribuição energética, a circulação das mercadorias.
4. As fronteiras e seu uso.
- O Brasil é o maior país da América do Sul, com um território que se estende por cerca de 47% desse subcontinente, onde ocupa uma posição centro-oriental.
- A fronteira terrestre: O Brasil tem contato com nove outras nações sul-americanas e mais um território pertencente à França (a Guiana Francesa).
- Fronteiras continentais: nosso limites territoriais – tanto os que separam internamente os estados, quanto os que marcam a separação do Brasil de seus vizinhos – são definidos pelo IBGE desde 1944.
- Recentemente, porém, essa situação começou a se modificar, com a criação do MERCOSUL, que acentua o comércio com os nossos vizinhos meridionais, e a implantação de vias de circulação que colocam a porção mais dinâmica do país – o Centro –Sul – em contato com as outras áreas do território brasileiro, especialmente a Amazônia, favorecendo um contato mais acentuado com os nossos vizinhos ocidentais e setentrionais.
- A fronteira marítima brasileira se estende desde a foz do rio Oiapoque, na divisa do Amapá com a Guiana Francesa, até o arroio Chuí, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai.
- Quanto mais extensa for a faixa litorânea de uma país, maiores serão suas possibilidades econômicas de explorar a pesca oceânica e, sobretudo, os valiosos recursos energéticos encontrados nas profundezas marinhas, como o petróleo e o gás natural. Ex: na região da Plataforma Continental de Campos, no litoral do Rio de janeiro
- A geopolítica corresponde à dominação política de uma região por meio do controle econômico e geográfico do seu espaço.
Projeto Calha Norte
- Implantado em 1985, envolve diversas instituições como as Forças Armadas, FUNAI etc. Prevê a instalação de bases militares nas proximidades das fronteiras setentrionais e ocidentais do País.
- Principais objetivos:
* assegurar a soberania e a integridade nacional;
* fiscalizar o tráfego aéreo e fluvial na região de fronteira;
* combater as atividades ilegais vinculadas ao contrabando de ouro e pedras preciosas e ao narcotráfico;
* controlar a invasões de reservas indígenas;
* dar assistência às populações indígenas; e
* evitar conflitos entre grupos nativos, posseiros e garimpeiros.
- Foram implantas 8 bases militares do Exército.
Projeto Sivam.
- O Sistema de Vigilância da Amazônia, começou em 1995.
- Objetivo: instalar um sistema de coleta, análise e controle de informações gerais sobre a totalidade do espaço da Amazônia.
- Constitui uma imensa rede de telecomunicações, que associa os dados fornecidos por oito satélites que estão em órbita sobre a Amazônia.
- Objetivos específicos:
* controle de todo o tráfego aéreo regional das empresas comerciais;
* combate às atividades ilícitas, como o contrabando de ouro e pedras preciosas;
* detecção de áreas de plantio ou de industrialização vinculadas ao narcotráfico;
* controle de vôos e de aeroportos clandestinos;
* mapeamento de recursos naturais existentes na região;
* controle de enchentes;
* proteção ambiental;
* verificação de desmatamento;
* combate a incêndios florestais; e
* combate de grupos armados, nacionais ou estrangeiros.
6. As terras brasileiras na Antártica.
- o Tratado de Madri (Protocolo para o Tratado Antártico) foi assinado em 1991 e ratificado em 1998 por 45 nações, com interesses vários nessa parte do mundo. Nesse grupo destacam-se 27 membros-consultivos (entre eles o Brasil), os quais exercem uma influência maior nas decisões sobre a Antártica.
- Programa Antártico Brasileiro (Proantar) e, em 1983, o País enviou sua primeira expedição científica ao continente gelado. Em 1984, foi instalada uma base de pesquisas científicas na região, a Estação Antártica Comandante Ferraz, localizada na ilha Rei George. Lá estão sendo realizadas diversas pesquisas oceanográficas, metereológicas, geológicas e biológicas.
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